Consultoria oferece oportunidades para executivos desempregados no RN
"Queremos que o mercado veja aquela figura do consultor que resolve. As empresas, tanto brasileiras quanto multinacionais, querem isso. Tomamos muito cuidado para não sermos vistos como headhunters", conta Carlos Macedo, da Interim Management (imagem ilustrativa)
Empresa atua no modelo interim management e reinsere executivos no mercado por meio de contratos temporários de acordo com perfil profissional.
Consultores já tiveram papel determinante no sucesso de grandes empresas tanto no Brasil quanto no exterior. Nomes como Mario Pacheco Fernandes, hoje desconhecido e aposentado, com quem grandes nomes da indústria se sentavam durante longos almoços para pedir conselhos sobre os negócios, já não têm a mesma relevância. Atualmente, a rapidez no ritmo das transformações requer mais agilidade e resiliência do que nunca. E, muitas vezes, não é o suficiente para manter os profissionais no cargo.
Na outra ponta, gerentes e executivos com vasta experiência no mercado e competência comprovada com resultados entraram na lista de cortes desde o início da crise econômica. O tempo médio de recolocação para um executivo varia entre 12 e 18 meses, segundo levantamento da innovativa Executivos Associados. Os altos salários e benefícios exigidos dificultam a contratação por empresas reticentes em investir para retomar o crescimento.
A solução encontrada pela Innovativa para melhorar a empregabilidade dos executivos e estabelecer um elo com o mercado de trabalho foi importar o modelo de interim management para o Brasil. O modelo, conhecido nos EUA e Europa pós-crise de 2008, prevê a alocação de profissionais de níveis gerencial e executivo para serviços temporários dentro das empresas — em geral, projetos com duração entre 3 e 6 meses. Ao final do período, caso exista interesse da empresa e do profissional, o prazo pode ser prorrogado ou cria-se um vínculo empregatício tradicional.
O serviço foi lançado em março de 2016 com uma rede de 12 executivos. Atualmente conta com mais de 800 em todo o Brasil, porém com maior conventração em São Paulo — 623. Atualmente, quatro empresas de grande porte — três delas multinacionais — trabalham com o modelo, mas já existem cerca de 150 propostas feitas a empresas em Recife (PE), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS). “Hoje as grandes consultorias trazem equipes inteiras para resolver problemas e tocar projetos nas empresas”, afirma Carlos Macedo, CEO da Innovativa. “Por outro lado, as empresas veem o custo; os executivos consultores não recebem benefícios, mas são pagos integralmente pelas horas trabalhadas”, conta.
Para Macedo, alocar apenas um consultor — como no antigo modelo da profissão — ao invés de uma equipe de consultores tem suas vantagens: adequação à cultura de trabalho, troca de conhecimentos, trabalho junto à equipe da empresa contratante e menor risco, uma vez que a responsabilidade pelo trabalho do executivo alocado é da consultoria. “O cliente não contrata um executivo, contrata uma empresa. Nós damos suporte ao profissional, não o jogamos na casa do cliente. Se a empresa não estiver satisfeita, outro consultor é alocado, nós somos responsáveis. Do ponto de vista burocrático, quem emite nota, faz as entrevistas e dá garantias é a consultoria”, explica Macedo.
Nem headhunting nem terceirização
Para fazer parte da rede de executivos da innovativa, é necessário preencher um cadastro no site da consultoria — a empresa também busca quadros no Rio Grande do Norte. Para os profissionais, não há custos envolvidos na entrevista nem na hora de ser alocado para um projeto. De acordo com Macedo, a cada quatro projetos, um é renovado por mais tempo ou o executivo é contratado pela empresa para a qual prestou serviços como consultor.
Apesar de se assemelhar com o tradicional headhunting — onde uma consultoria tem uma base de perfis profissionais que são indicados para as empresas conforme a necessidade — Macedo garante que o modelo é distinto. “Não queremos ser vistos como uma firma de headhunting nem de terceirização”, diz. O foco do trabalho é apenas consultoria empresarial em um modelo que permita uma ampla base de contatos sem vinculação trabalhista.
“Queremos que o mercado veja aquela figura do consultor que resolve. As empresas, tanto brasileiras quanto multinacionais, querem isso. Tomamos muito cuidado para não sermos vistos como headhunters”, conta.
As áreas com maior demanda de executivos são finanças (controladoria e tesouraria), compliance (auditoria e treinamentos de compliance), TI (governança e continuidade do negócio) e RH (desenvolvimento organizacional), as duas últimas com quase o mesmo número de propostas. “Quando um profissional se cadastra na rede, fica no nosso radar. Se abrir uma oportunidade para a região, marcamos uma reunião”, diz Macedo.
Eber Freitas
Editor do EconomiaRN.
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